O que é a alegria?

O que é a alegria?
Algo que só encontraremos quando vivermos cada momento como único!

"TRANSFORMAI-VOS" Romanos 12.2

Estamos em constante processo de transformação, e o primeiro passo é reconhecermos que precisamos de mudanças radicais como uma metamorfose.
O apostolo Paulo escrevendo aos Romanos usou a expressão "transformai-vos", dando a entender que precisamos de exercicios saudaveis de reflexão mental para que não venhamos a nos amoldar a este século.
Só quero através deste blog apenas expressar estas mutações radicais na minha vida e na vida daqueles que estão próximos de mim.
Também desejo usá-lo como um ponto de desabafo e postar aqui as minhas neuroses e os meus momentos de lucidez.
Quanto ao mais transformai-vos....

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Juntei aqui o que eu li do pr. Hernandes Dias lopes (Presbiteriana), o Pr. Domingos Sávio (Betesda) e algumas coisas minhas.

NATAL, A BOA NOVA DE GRANDE ALEGRIA
Lucas 2.11
Papai Noel começou a existir, segundo a tradição, na pessoa de São Nicolau, bispo de Mira, na Ásia Menor, no século IV d.C. Ele, segundo a tradição, foi um homem bondoso, que gostava muito das crianças, principalmente das pobres, a quem dava presentes. Essa figura mais tarde imortalizou-se num símbolo, que recebeu o nome de Papai Noel.
O tempo passou e um mito tomou o lugar de uma pessoa, Papai Noel tomou o lugar de Cristo. O Natal foi paganizado e secularizado. O sentido do Natal mudou. Até o Papai Noel mudou. O Papai Noel moderno é um mito, uma lenda, uma criação do comércio voraz. No início ele era a personificação do amor, das dádivas generosas. Hoje, ele virou garoto propaganda. Antes, ele era discreto, hoje, vive desfilando em carros alegóricos para provocar o apetite consumista da freguesia. Antes, ele dava presentes, hoje, vende presentes. O Papai Noel foi concebido no ventre do consumismo materialista. Ele está a serviço do espírito mercantilista. Ele virou comerciante inveterado. O velho bojudo e barbado, de vestes vermelhas e com um grande saco nas costas, só traz alegria e presentes para as crianças que têm dinheiro. Ele passa longe das crianças pobres. Ele não se aproxima dos meninos de rua. Ele se transformou num comerciante sedento de lucro, num camelô inveterado, num símbolo do consumismo insaciável.
O Papai Noel de hoje é uma caricatura do espírito natalino; ele está na contra mão do sentido do Natal.
José e Maria não encontraram lugar em Belém. A cidade estava lotada e as hospedarias indisponíveis. A hora de Jesus nascer havia chegado, e por não ter encontrado espaço entre os homens para nascer, nasceu numa estrebaria, um abrigo de animais.
O Filho de Deus, o Rei dos reis não nasceu num palácio, mas numa manjedoura. Aquele que é o criador e dono do mundo não nasceu num berço de ouro, mas num berço de palha. Aquele que dirige os céus e a terra e cujo governo está sob seus ombros esvaziou-se e tornou-se um infante.
Naquela noite em Belém, nasceu o Sol da justiça. O anjo de Deus desceu do céu e anunciou aos pastores que guardavam seus rebanhos: "Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria: é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc 2.11).
A mensagem natalina que vem do céu tem sua centralidade não nos anjos nem em Maria, nem no papai Noel, nem nos enfeites que brilham nas cidades nesta época, mas em Jesus.
Três verdades são aqui destacadas:

1. Jesus é o Salvador - "... é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador..." (Lc 2.11).
Duas grandes verdades saltam aos nossos olhos aqui:
1.1- Deus cumpre a sua Palavra. Jesus deveria nascer em Belém, à cidade de Davi. Para isso Deus moveu todo o império romano, a fim de que um recenseamento fosse feito. Com isso, a jovem Maria que estava grávida em Nazaré, na Galiléia, subiu para as montanhas de Belém, na Judéia, porque José era belemita e deveria alistar-se em sua cidade natal. A Palavra de Deus não pode falhar. A profecia deveria se cumprir.
1.2- Jesus foi anunciado pelo anjo como o Salvador. Ele recebeu o nome de Jesus exatamente porque veio para salvar o seu povo de seus pecados. Ele nos salva não pelo seu exemplo nem pelos seus ensinos, mas pela sua morte. Ele nasceu para morrer. Ele nasceu como sacrifício. Ele nasceu como o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Ele nasceu como nosso substituto. Ele carregou em seu corpo o nosso pecado. Ele deu sua vida por nós. Ele foi ferido e traspassado pelas nossas iniqüidades, a fim de recebermos o dom da vida eterna.

2. Jesus é o Cristo - "... que é Cristo..." (Lc 2.11).
O Salvador é o Cristo. Ele é o Messias prometido. Sua vinda não foi acidental. Sua vinda não foi de improviso. Sua vinda foi planejada na eternidade e prometida na história. Os patriarcas falaram de sua vinda. As profecias apontaram para a sua vida. Todo o Velho Testamento foi uma preparação para a sua vinda.
Os sacrifícios no tabernáculo e no templo eram sombras do seu sacrifício perfeito. O Messias é o centro da eternidade. É o centro da Bíblia. É o centro da história. Ele é a figura central nos decretos de Deus. Ele é a figura central da igreja. Ele é a figura central no céu.
Tudo é dele, por meio dele e para ele. Ele é o Alfa e o Ômega da redenção. Todas as coisas do tempo e da eternidade convergem para ele. Todas as coisas nele subsistem. Ele é o Cristo, o Messias, o desejado de todas as nações.

3. Jesus é o Senhor - "... o Senhor" (Lc 2.11).
Jesus é o Salvador, o Messias e também o Senhor. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Todos os poderes do universo estão sob seu governo. Ele está à destra de Deus Pai e tem o livro da história em suas onipotentes mãos. Ele governa as nações e reina sobranceiro e absoluto sobre sua igreja. Ele recebeu o nome que é sobre todo o nome e diante dele todo joelho se dobra no céu, na terra e debaixo da terra.
Aquela criança que nasceu em Belém tem o cetro do universo. Ele é maior do que César. Ele é maior do que os reis deste mundo. Ele é o soberano do universo. Diante dele todos os reis precisam se dobrar. Aos seus pés todos precisam depositar suas coroas. Precisamos conhecer o Jesus do Natal. Ele é o Salvador do mundo. Ele é o Messias de Deus. Ele é o Senhor do universo. Ele tem as rédeas da história em suas mãos.

CONCLUSÃO
Muito mais do que se lembrar de um velhinho com barba branca distribuindo presentes segurando a sua barriga grande e dizendo: oh!oh!oh! Devemos nos lembrar de um homem que viveu apenas 33 anos aqui na terra, que guando foi morrer disse: “está consumado!” e isto pra dá o maior presente que alguém pode receber que é a salvação e assim a vida eterna.
Muito mais do que enfeitarmos nossas casas, ruas e cidades com luzes piscando, é sabermos que tipo de luz temos dentro de nós, por que quando ele esteve entre nós disse que nós deveríamos ser “luz do mundo”.
Mais do que ser apenas na época de natal um tempo de confraternização e de um sentimento de amor, deveria ser sim um momento para pensarmos que não deveria ser apenas um dia, mas em todos os 365 dias do ano.
Mais do que ser uma época em que se enfeitam árvores natalinas, deveria ser sim um tempo de reflexão e pensarmos se estamos enxertados na videira verdadeira que é Jesus, na qual o agricultor é Deus.
Mais do que um tempo de ceias de natal e enchermos a barriga, deveríamos dizer se estamos dispostos a comer o pão que ele comeu e bebermos a água que ele bebeu.
O conteúdo do Natal é salvação. O espírito do Natal é doação. É Deus se fazendo homem, o rico se fazendo pobre, o senhor se fazendo servo. Natal é dádiva de amor. O Natal é para todos. O Natal é Jesus. Papai Noel é um intruso, é uma farsa, uma mentira, um roubador de cena. Os holofotes precisam estar colocados sobre Jesus e não sobre ele. Jesus é o dono, o sentido e a razão do Natal. Natal sem Jesus é festa pagã. Natal sem Jesus é festa gastronômica. Natal sem Jesus é apenas mercantilismo vazio. Precisamos recristianizar o Natal. Precisamos democratizar o Natal. O Natal são boas novas de grande alegria e de salvação para o todo o povo. Pobres e ricos podem comemorá-lo de igual modo. Precisamos devolver o Natal ao seu legítimo dono. Precisamos dar a glória devida a Jesus e fazer dele o centro do Natal. Precisamos comemorar o Natal com uma celebração festiva ao rei Jesus, que nasceu numa manjedoura, viveu como carpinteiro, morreu numa cruz, mas ressuscitou gloriosamente, para oferecer-nos o banquete da salvação. Que prevaleça a verdade sobre o mito!
Fernando Pessoa no seu inesquecível “Poema em Linha Reta” confessa estar cansado de semideuses, porque não encontrou alguém grande o suficiente para, com dignidade, assumir-se humano e por isso mesmo sempre contraditório, muitas vezes fraco e outras tantas, vil. O caso é que todos nós gastamos a vida buscando grandeza. Jamais admitimos que somos um paradoxo, mortais e imortais ao mesmo tempo, santos e ao mesmo tempo pecadores. Luzes que muitas vezes enchemos a sala com nossas sombras. Tão magníficos e tão pequenos.
Paradoxalmente, o único ser realmente grande fez-se humilde e viveu por trinta e três anos em um dos lugares mais pobres de sua região. Mesmo sendo o Criador, uma vez humanizado, aprendeu o ofício de carpinteiro para se sustentar. Mesmo sendo adorado por anjos, recebeu humilde o escárnio dos homens e jamais se defendeu – ainda que tivesse todo o potencial destrutivo em suas mãos.
Ele é onipotente, mas não tem a empáfia do poder, que leva à prepotência.
Sua onipotência – o poder máximo que se pode imaginar – levou-O a ter misericórdia dos impotentes. Sua perfeição tão somente O aproximou dos imperfeitos. Sua santidade O apaixonou pelos pecadores. Sua grandeza encheu seu coração de compaixão pelos pequeninos. Sua justiça O encheu de misericórdia pelos injustiçados. Eis a verdadeira grandeza. Aliás, o poder ganha um sentido maior e mais bonito quando, capazes de destruir, dominar, aniquilar, escolhemos restaurar, construir, abrir mão, simplesmente, por amor.
Esse é Deus e assim deveríamos ser, uma vez que somos sua imagem. Todavia, nossa busca pessoal pela grandeza afasta-nos definitivamente dela.
Faço coro com o questionamento do Poeta em sua “Teologia em linha reta”

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse não uma violência, mas uma covardia!
Não, é todo o Ideal, se os ouço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

"O grande torna-se ainda maior quando se apequena por amor aos humildes. O pequeno torna-se insignificante quando se arroga da grandeza que não tem".
Domingos Rodrigues Alves

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O QUE É METAMORFOSE?

Em biologia, metamorfose ou “alomorfia” (do grego metamórphosis) é uma mudança na forma e na estrutura do corpo (tecidos, órgãos), bem como um crescimento e uma diferenciação, dos estados juvenis ou larvares de muitos animais, como os insetos e anfíbios (batráquios), até chegarem ao estado adulto.
Depois do nascimento, os animais podem sofrer dois tipos de desenvolvimento: direto, ou indireto. No desenvolvimento indireto os animais que nascem diferem significativamente da forma adulta, assim os indivíduos passam pela metamorfose. Já no desenvolvimento direto, os animais já nascem com a forma definitiva, pois são muito semelhantes aos adultos, como por exemplo o ser humano.

MINHA GRATIDÃO

Minha gratidão

Tauá-ce, 21 de Maio de 2009.


Meu coração está feliz. Completei 40 anos de idade. Acho uma idade bonita. São 4 décadas. Dizem que os homens passam por uma crise nesta idade, creio que estou nela. Mas não me entendam mal, pois não a vejo como ruim, mas algo bom ao meu coração. Tudo bem, não sou lá tão experiente assim, mas já é uma boa caminhada. Já andei por muitos lugares, conheci muitas pessoas, semeei a boa semente do Evangelho para muitos e por vários meios, fiz amizades, trabalhei e trabalho tentado promover o reino de Deus sobre a face da terra; ajudei na formação espiritual de centenas de pessoas aos quais nem as conheço direito e nem mesmo tenho a dimensão exata do quanto; às vezes tenho aquele sentimento bom do africano que toca o tambor no meio da Selva e que não sabe onde seu som pode chegar, pois como é costume lá, outros irão ecoar estes mesmos sons e assim continuamente; singrei mares nunca dantes navegados (por mim); mudei de cidade 4 vezes dentro desse nordeste e acabei chegando onde tudo começou, voltei ao meu torrão e a igreja onde comecei e que estou aprendendo a amar.
Nesse meu tempo de vida também tive algumas duras perdas, alguns reveses e muitas dificuldades. Perdi minha mãe e meu irmão; e tenho certeza que alguma coisa morreu dentro de mim e que já não sou mais o mesmo. Senti uma das piores dores que alguém pode sentir, me angustiei e entrei numa profunda depressão, fui aos porões da minha alma e de lá sai consciente que sou humano. Tudo isso foi muito dolorido e senti cada dor com muita intensidade, talvez não com abundantes lágrimas; mas com um sentimento interior avassalador. Por essa razão me dou ao luxo de me fazer algumas perguntas: “Como valorizar o ganho se nunca tivesse tido perdas? Como celebraria a conquista se não tivesse tido lutas? Como valorizaria a vida se não tivesse visto ela se ir, em pessoas tão próximas a mim?”
Estou aprendendo que a felicidade é feita de momentos. Alguns muito rápidos. Por isso que não posso desperdiçar nenhum desses preciosos momentos de felicidade. Vi, com o tempo, que as pessoas são nossa maior riqueza. Primeiro os íntimos, sou grato a Deus pelas mulheres da minha vida, aquelas que mais me beijam e me abraçam; minha esposa Josa que me ensinou o que é realmente amar, a quem posso sem medo dizer: “eu te amo”; as minhas filhas Esther e Ana Vivian que me ensinaram um amor diferente, um tipo de amor que nunca tive e por essa razão quero dedicar o meu a elas. Amo vocês duas com um amor que jamais imaginei que teria.
Nesta minha caminhada houve pessoas que me fizeram sentir tristeza, angustias e decepções e outras tantas são fontes de alegria; algumas destas estão aqui na igreja de Tauá e em outras as quais dirigi. As que me causaram tristeza procuro esquecer, e as que me são motivo de júbilo não citarei seus nomes, mas as trago no meu coração.
Então, pequenos momentos de felicidade com pessoas queridas são como tesouros, que devem ser guardados como a própria vida. Compreendi que a felicidade só acontece de verdade quando ela é compartilhada. O solitário não é feliz por que não tem com quem compartilhar nem a sua dor e nem a sua alegria.
O dia do Aniversário é um desses momentos a serem compartilhados. Descobri, não faz muito tempo, que aniversários devem mesmo ser celebrados com alegria, porque é a renovação da vida e isso é um presente, uma dádiva. A vida é tão frágil, a morte tão traiçoeira, o tempo tão fugaz, que cada dia deve ser visto como um dom, cada ano completado como um grande presente. Não consigo entender quem fica triste quando faz aniversário, ou que fica chateado por estar ficando velho. Isso é uma benção, é sinal que estamos vivos e prosseguindo nossa jornada; pois tantos já deixaram de viver.
O sentimento que me inunda nesse ano é o de gratidão. Sou grato a Deus pela vida. O fôlego de vida, a saúde, o impulso de vida, vêm dele, que é vida plenamente e em quem teremos, um dia, uma vida plena e imperecível.
Sou grato a Deus pelos caminhos que percorri, pois Ele nunca me deixou só. Sou grato a Deus pelas pessoas com as quais encontrei, quero sempre ver nelas a face de Cristo. Sou grato a Deus pelo amor que Ele me tem, imensurável. Sou grato a Deus pelas igrejas do Conjunto Esperança, cujo próprio nome me fez renascer para o ministério; sou grato a Deus por ter passado um ano em Caucaia, um dos meus grandes desertos; sou grato a Deus pelos 6 anos que vivi em Picos no Piauí, pois ali vivi dores e alegrias misturadas com suor e lágrimas, como também momentos de profunda alegria e sonhos realizados. Sou grato a DEUS por estar de voltar a Tauá, que nos 3 primeiros anos do meu ministério me marcou de maneira tão profundamente negativa, mas que nestes 3 anos(Completarei agora em fevereiro) que estou de volta tem me curado de uma maneira maravilhosa. Obrigado betesda de Tauá.
Tudo isso é razão mais que suficiente para celebrar, compartilhar com todos vocês a minha alegria e para dizer da minha gratidão pelo milagre da vida que mais uma vez se renovou.
E não poderia deixar de dizer: “Muito obrigado meus Deus, por mais um ano de vida”.

Luis Inácio da Silva Júnior, esposo de Josa, pai de Esther e Ana Vivian.